segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

APRENDENTES são capazes de tudo: basta pensarem!


No filme ‘Caminhos da Floresta’, ouvimos ‘cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade’. O pensamento é uma força motriz importante. O comportamento surge da elaboração das emoções em pensamento, daí, em muitos casos, a curiosidade e o poder criativo (ou destrutivo).

Em sala de aula, nós, professores, precisamos ‘ensinar’ nossos alunos a questionar, argumentar, influenciar e (se) transformar. Pensar pode levá-los à uma transformação significativa e constante.

No currículo, as áreas de saber tem um conjunto de informações que precisam de ajustes no dia a dia: não é possível lidar com todo o conteúdo; mas é possível formar redes fascinantes junto à realidade. Pensar impulsiona envolvimentos de informações diferentes (escolares, familiares, sociais, cotidianas) de forma que os alunos solucionem atividades.

Mesmo alunos de comunidades violentas, em que há desequilíbrios químicos, modelos fracos e certa ignorância informacional, tem, na força do pensamento, sua melhor oportunidade de ‘ser gente’ em sociedade. Pensamento, parar para pensar, concentrar-se, ter foco são atitudes que modificam a rede neuronal e estimulam capacidades intelectuais surpreendentes.

A prática pedagógica precisa provocar esse comportamento. Não há truques, nem receitas. As bibliotecas emocionais (lembranças) participam da sala de aula em potencia e necessitam serem tocadas, remexidas e liberadas como pensamento e atitude. Pensem num laboratório, cheio de experiências em andamento, o que fazer? Como revelar novas formas de pensar e agir? Como desenvolver um pensamento claro em torno das atividades? Professores precisam compreender, de pronto, como o aluno aprende e/ou de onde ele vem.

Comunidades têm dinâmicas vivenciais diversas (às vezes, bem violentas) e estas estão gravadas na memória dos alunos todos os dias. Essas dinâmicas intervêm ou interferem em seus comportamentos emocionais e cognitivos e alteram as leituras de mundo e os desejos de futuro. Há muita ilusão e fantasia. Há muita expectativa e indiferença. Há muita baixa autoestima e vontade de arriscar.

Alunos são contraditórios e isso pode ser aproveitado: práticas pedagógicas tocam nessas diferenças e provocam o pensamento. De forma oral ou escrita, o pensamento será descoberto e experimentado. E ai o professor ‘se aproveita’. A força do pensamento assim como a força de vontade, da atenção, da memória e do olhar humanos não devem ser entendidas como algo abstrato, intocáveis; elas devem ser pensadas, pelos professores, como algo real, vivo e atuante, capazes de influenciar as memórias individuais, entremear memórias coletivas e modificar os comportamentos. Pensar é movimento de causa e efeito.

Para cada efeito é uma causa correspondente, e isso é reconfortante para professores e alunos. Assim que o pensamento ganha movimento, as mudanças nutrem as ideias e estas alteram os pensamentos. Círculo virtuoso mesmo! Aprender a pensar ocorre por um círculo virtuoso! Quer experimentar mudar pensamentos de alunos em sua área de saber, professor? Experimente:

- formas de aproximação diferentes;
- crie desafios incoerentes (fora senso comum);
- evite respostas prontas;
- oportunize a participação dos pensamentos do grupo;
- mude a dinâmica física da sala de aula;
- brinque com a memória e com a atenção;
- introduza jogos de raciocínio;
- inclua os responsáveis em algumas atividades;
- utilize dinâmicas de grupo;
- explore medos, fantasias e desejos futuros;
- faça leituras de textos para pensar;
- liberte determinadas ações;
- trabalhe os corpos com os corpos;
- reconheça impossibilidades e ajude.

Profª Claudia Nunes


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