quarta-feira, 4 de junho de 2014

GAMES e EDUCAÇÃO: auxiliando na prática pedagógica



SIMPÓSIO: Educação e Neurociência com a aprendizagem nas mãos...

 No dia 31 de julho de 2014, aconteceu o Simpósio: Educação e Neurociência com a Aprendizagem nas mãos... Fui substituindo a Profa Marta Relvas. Palestra NEUROCIÊNCIA na perspectiva da Educação Inclusiva. Folder não pode ser mudado, mas pode ser reorganizado com antecedência para o público. Mas nem precisava, tal o meu orgulho em estar lá no lugar de uma pessoa altamente profissional. Duas amigas me acompanharam: Fatima Ornelas e Rachel Klaym. Viagem e palestra maravilhosas!!!









BEIJOS CLAUDIA NUNES

MICROCONTOS 1 2 3

01Ela se enganara. Ela interpretara mal tudo o que vira. Simas, seu marido, fechara a porta e não mais voltaria. O sofá estava parado: não sentirá mais às tardes de futebol, sonecas e amor. Era um devaneio? Era um sonho mal? Ela não conseguia pensar. Suas mãos tremiam e ela estava ofuscada pelas lágrimas. Nunca se enganara, nunca errara tão feio. Agora sabia: entre farsas e omissões, seu casamento chegara ao fim. Na mesa, o telefone toca e ela atende: ‘Sonia, avisa ao Simas que o bolo ‘Mundo’ de vocês está pronto’. Em suas mãos, o bilhete encontrado: ‘amanha o mundo será só nosso’.
Claudia Nunes


02Luz no fim do túnel. Uma dor lacerante. Um vôo para manter a vida. Linda não sabia o que fazer. Argumentava para si mesmo: vai passar, vai passar, tem que passar. E o tremor continuava. As alucinações vinham aos jorros na mente, nos olhos e na pele; e ela com medo das perdas. Não podia perder agora... O passageiro do lado sente que há algo errado, Mas, e se o silencio acabar? Ele desisti e ela briga com a vida e os braços da poltrona. Sem incomodos, sem chaturas, sem pedidos, sem amizades, Linda só sorrir novamente. Acima das nuvens, apenas um manto de objetivos prestes a se evaporar. A aeromoça oferece agua, ela nao responde. Agua para que? Todas as purificações vividas não deram em nada. O peito doi, doi, doi. Linda está feia. Linda está suja. Linda não está mais lá. Numa barraca de camping, a luz do sol e a língua de seu cachorro a acordam. Assustada, se esconde: hora de ir à praia...
Claudia Nunes


03- Eu quero o meu amor – grita ela. – Eu quero tudo o que você me tirou! Malas no chão, guarda-roupa aberto, roupas por toda parte. Na porta do quarto, ele não sabe o que responder. Seu olhar denuncia um medo terrível: a cama vazia. Não há o que fazer. Não há como se desculpar. Ela vai embora. Ela vai embora – pensa ele. Seu coração dói demais e sua voz não atravessa a garganta. Da janela, um som aumenta sua agonia: é Natal. Ela caminha até a janela observa a rua. Carros, gente e animais, ninguém pode senti-lo. Lembranças dos risos, do sexo, dos presentes, dos toques, das juras, das certezas e do ‘para sempre’. Quanta mentira se diz sob o poder da emoção ou do sonho! Ele estica os braços tentando tocá-la. – Me esquece! Me esquece! – avisa ela. Mala pronta, bolsa cheia e um último olhar. Um silêncio esbofeteia os dois. Um silêncio sinistro paralisa os dois corpos quentes dispostos aleatoriamente naquele espaço quase escuro. – Amor, nosso filho nos deu bons 04 anos... Você pode recomeçar – disse ele antes de desaparecer dentro da gaveta de meias.

Claudia Nunes

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...